4:21 AM

BREVIDADE DE UMA PALAVRA

Como minha próxima história exigirá algum tempo escreverei e publicarei textos curtos começando com o poema a seguir:

BREVIDADE DE UMA PALAVRA


 

Martelo ferramenta anêmica /

Proletário de sobrevivência /

Modela na bigorna cênica /

Mortalha lacônica da ausência.


 

Labirinto de reta infinita/

Exibe escadas flamejantes/

Angústia salva por melinita/

De ilusão seqüenciada antes.


 

Ósculo espasmódico fora/

Vento sentenciador no patíbulo/

Guilhotina um pensamento agora/

Numa palavra, jovem do latíbulo.


 

Sua máscara negra acoberta/

O semblante servido de lamúrias/

Fora a vergonha da descoberta/

Da vida breve ante penúrias.


 

Escolha, oh, o ditame escarlate/

Porque sabe que jaz na fronte o dia/

E ensangüentado não sabe o quilate/

Valor daquela breve melodia.


 

Fabricado com a marreta de Friedrich Romalek, a bigorna de J J Borges e a falta de vergonha de Douglas Feitosa