Dê palhaços para palhaços
Este País é um circo.
Temos palhaços,
temos platéia?- Temos, sim senhor.
Somos alienados,
fomos consumidos?- Fomos, sim senhor.
E viva o Pós-modernismo.
Mas não somos platéia e
não vemos -literamente- os politizados.
Somos nós os palhaços.
Queremos pão e circo.
Subimos ao palco,
damos cambalhotas e
fazemos danças bizarras.
Enquanto isso a platéia politizada,
do legislativo ao executivo,
executando a democracia.
E viva o Pós-modernismo.
O Brasil é do brasileiro?
Não, o Brasil é o brasileiro.
A brasilidade está nas ruas e
nas favelas,
a aquarela do Brasil.
O verde intoxica as multidões.
O amarelho, febril.
O azul, depreciado.
O branco anuncia:
- Ordem e Progresso no circo, lá vem os palhaços positivistas, .
Dê o pão! O povo quer ser circo.
Viva o Pós-modernismo, seja brasileiro.
Queremos palhaços,
queremos espaço,
queremos palhaçar.
Sobre as pontes cuspimos
para a platéia rir.
Dos prédios saltamos,
e a pseudo-democracia
no cadafalso à espera.
E viva o Pós-modernismo
Do que ri?- Do Brasil.
Pois continue, no Brasil
tudo é possivel.
Veja aquele palhaço,
está reclamando do magistrado
mas ele mesmo palhaça o suborno.
E aquela criança inútil?- É brasileira.
Está aprendendo a ser mais um palhaço,
vai dar bastante na vida,
será um palhaço de primeira estirpe.
Mas a platéia é brasileira.
Ah! Então somos todos palhaços.
Vamos encenar o próximo ato,
de palhaço para palhaço.
Quanta palhaçada.
Mas o Brasil é Pós-modernista,
então,
USE CONSUMA VENDA
SEJA
o Brasil.